ACTOS DOS MODERNOS
1 – O chamado Luís da Câmara Cascudo, que não é nome de lugar, apresentou ao Povo o escriba Jorge Fernandes, homem sabedor e mui recto nas coisas do espírito, dizendo – Ele é Moderno!
2 – E o Povo não compreendeu o que era Moderno, como nunca soubera o que era Antigo senão no sentido da idade.
3 – A cidade continuou a sua vida cheia de coisa alguma e os homens o caminho costumado.
4 – Havia um cenáculo de moços muito amigo das suas posses.
5 – E as posses eram espuma, areia, vento, poeira, um pedaço da lua e duas cordas de violão – assim se chamava um instrumento de soar sem plectro.
6 – E esses moços tiveram a ira dentro do coração e bramaram – nós somos velhos!
7 – E não desenrolaram o livro da lei para nele saber se a verdade estava com eles.
8 – E como muitos escribas se disseram Modernos e pouco menos valiam que os Antigos.
9 – Os moços julgaram o joio pelo trigo e sem perguntar e perquirir a razão das coisas como elas se passam, afirmaram: – Levai para longe essa ideia. Ela é filha da Loucura e da Imbecilidade.
10 – E de loucura e de imbecilidade estava recheado o cenáculo dos moços e dos velhos ciosos de suas posses.
11 – Um homem de nome Othoniel, da nobre estirpe dos Menezes, recebeu a Fé, e entrou fazendo maravilhas.
12 – Os de Natal, Jayme Wanderley, de progênie antiga e boa, Luís Torres, que é pequenino de talhe e alargado de mente, Lopes Junior e um moço que era doutor em unguentos miraculosos, e mais gentes esforçadas e sadias de inteligência.
13 – Declararam na sinagoga, nas primeiras páginas: – Somos a coragem e a alegria da Ideia entre nós.
14 – E houve confusão e pavor na cidade dos escribas velhos-moços e vice-versa.
15 – E a guerra estalou, porque outras criaturas d’olhos lavados pelo espírito criador resolveram romper com a sinagoga pesada e asfixiante e seguir à sombra das bandeiras novas e agitadas por um sopro de liberdade.
16 – E as armas foram escolhidas a esmo. Os bons combatem com floretes de copo rendilhado e ferem dizendo palavras de carinho. Estes são os que beberam chá quando eram meninos.
17 – Os outros agitam tacapes e uivam palavras de raiva. Esses já possuem o retrato neles mesmos.
18 – E descobriram que as armas pesadas são péssimas e são feitas de papelão.
19 – Os primeiros mártires da Ideia anseiam pela maior glória na luta. E folgam lendo uns hieróglifos pintados contra eles.
20 – Aqueles que são conscientes e sabem ter livros vários de homens diferentes e fazem a guerra contra, não esquecem a necessidade de respeitar a criação alheia, especialmente sincera.
21 – Porque ninguém jurou usar a mesma brida e a História conta a mesma sucessão de combate às primeiras ideias.
22 – Desde os Clássicos aos Românticos. Daí aos Naturalistas, Simbolistas e mais generosos e rótulos diversos
23 – E por mais que se diga – Em toda a parte há talento escrevendo e jumento pensando e às vezes é o inverso.
24 – Não acreditam, e acusam o escriba Luís da Câmara Cascudo de ter pervertido e envenenado a fonte archi-puríssima onde se dessedentara um bardo Segundo. Wanderley era o nome da família.
25 – E o chamado Luís da Câmara Cascudo aceita a responsabilidade que o orgulha e avisa a inteira independência dos Modernos, que é assim o nome dado, embora não seja verídico.
26 – E cita o Versículo 17 do primeiro capítulo dos Actos dos Apóstolos, que também foram modernos em Jerusalém e sofreram a “crítica” de gente muito sábia, arguta e circunspecta: – Irmãos, eu sei o que fizestes por ignorância, como também os nossos príncipes.
Letras novas, Natal, n° 4-5, out. e nov., 1925
http://www.howtoforge.com/book/print/1375 Secure Your Apache With mod_security Secure Your Apache With mod_security Version 1.0 Author: Falko Timme <ft [at] falkotimme [dot] com> Last edited 07/05/2006This article shows how to install and configure mod_security . mod_security is an Apache module (for Apache 1 and 2) that provides intrusion detection and prevention for web applicat
Clin Rheumatol (2007) 26:1843–1849DOI 10.1007/s10067-007-0587-0Exercise-based motivational interviewing for female patientswith fibromyalgia: a case seriesDennis Ang & Ramesh Kesavalu & Jennifer R. Lydon &Kathleen A. Lane & Silvia BigattiReceived: 6 December 2006 / Revised: 31 January 2007 / Accepted: 1 February 2007 / Published online: 20 February 2007Abstract The objective